
Moradores ficaram apreensivos com sumiço do aparelho
20/02/09
Um equipamento com material radioativo ou uma sucata inofensiva? Risco de contaminação por Césio-137 ou só um caso de “irradiação” da desonestidade? Em Itapajé, na região norte, os moradores ficaram apreensivos ao saber do desaparecimento de um aparelho de raios-X.
O “disse-me-disse” tomou conta da pequena cidade de 45 mil moradores. Os rumores começaram depois que um aparelho de raios-X desapareceu do antigo hospital da cidade, desativado há mais de dez anos. No entanto, de acordo com a Prefeitura, o aparelho foi comprado há quatro anos, durante a tentativa de reforma do local. A Polícia passou a investigar o furto. “A gente vai ouvir várias pessoas aqui das imediações, para ver se a gente consegue alguma pista que possa chegar a esse material”, afirmou o inspetor Antônio Ximenes.
A Secretaria de Saúde do município tomou conhecimento do sumiço do aparelho de raios-X há um mês. Nesse período, se encarregou de espalhar pela cidade que o equipamento poderia oferecer riscos à saúde dos moradores. Na verdade, um equívoco. Quando se fala em equipamento de raios-X, pensa-se logo em radioatividade, associa-se ao que aconteceu em Goiânia. Não deixa de ser um risco, mesmo que não seja em grande proporção, mas é um risco para quem estar manuseando, e a gente foi à mídia porque a intenção era de recuperar o equipamento”, explicou Mônica Tabosa, secretária de Saúde de Itapajé.
Daniel opera equipamentos semelhantes ao que foi furtado. É ele quem, agora, tranquiliza os moradores de Itapajé. “A radiação é zero, porque a ampola é isolada do aparelho e não causa nenhum tipo de radiação. A única coisa que pode ocorrer é, devido a ter um óleo isolante ao redor do tubo, ele pode irritar a pele. Se ele quebrar o vidro, ele pode ser ferido, mas só isso. Nada de radiação”, disse.
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